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A secagem de grãos é uma técnica muito antiga para melhorar a qualidade dos grãos colhidos durante a armazenagem e evitar problemas sanitários. Atualmente, existe uma diversidade grande de tecnologias com esta finalidade que servem aos diferentes níveis de investimento e produção de cada agricultor e se adequam melhor a cada tipo de grão utilizado. O pesquisador Daniel Marçal de Queiroz, professor da Universidade Federal de Viçosa e coordenador do Centreinar (Centro nacional de treinamento em armazenagem) será um dos palestrantes da 5ª Conferência Brasileira de Pós-Colheita, que acontece entre os dias 19 a 21 de outubro, na cidade de Foz do Iguaçú, no Paraná. Durante o evento ele vai mostrar aos participantes benefícios e desafios de várias técnicas e ensinar a melhor forma de utilizá-las.
— Nós vamos fazer um panorama das diversas técnicas que são utilizadas desde a secagem em nível de fazenda até as técnicas que são usadas nas unidades comerciais tipo cooperativas, unidades armazenadoras governamentais e da iniciativa privada. Existem secadores mecânicos com capacidade para secar de 20 toneladas até mais de 100 toneladas por hora. Hoje já existe tecnologia pra todo mundo, desde o pequeno produtor que tem um hectare até mais de mil de área plantada. O fundamental é fazer a operação da forma mais correta possível e o treinamento da mão-de-obra é fundamental. Não adianta nada você ter um bom sistema de secagem se você não souber operar este sistema da forma ideal. É fundamental treinar bem os operadores, mesmo dos mais simples secadores de terreiro — alerta Queiroz.
Existem muitos tipos diferentes de secagem. Tem secador solar, secador tipo leito fixo, secador de camada estacionária com ou sem sistema de revolvimento, secador de camada fixa, secador de fluxos cruzados, secadores intermitentes, secadores de grãos grande porte tipo cascata. O professor explica que a temperatura e umidade dos grãos varia muito de acordo com cada cultura e tipo de secador, ressaltando que a temperatura para secar uma semente é mais baixa do que a usada em grãos colhidos. Existem secadores com capacidade para secar desde 40º a 100º na temperatura do ar de secagem. Queiroz destaca que um cuidado importantes, independentemente do tipo de processo utilizado, é limpar bem os grãos antes da secagem para que a operação seja bem feita. Grãos limpos proporcionam uma secagem mais adequada e evitam problemas na armazenagem.
— A umidade depende do sistema de colheita do produto. O café nós colhemos a 65% de umidade e deve ser secado até 11% ou 12%, já o milho é colhido com 25% de umidade e deve secar até 13% podendo ser conservado por até mais de um ano a esta umidade. Já o amendoim pode ser secado até 8%, por exemplo. Cada tipo de secador tem seus cuidados específicos, mas basicamente a gente tem que estar muito alerta com relação à qualidade do produtor e ao consumo de energia porque a secagem é uma operação que demanda muita energia. É importante que o operador trabalhe de tal forma que não desperdice energia porque ela é cara e se o secador não for bem operado o produtor vai ter um consumo excessivo de energia — ressalta.
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